Eduardo Ferreira
(ferreiraedu@terra.com.br)

VII TORNEIO DA AMAZONIA

De 18 a 20 de setembro a cidade de Imperatriz, localizada no Sul do Maranhão, foi palco de mais um Torneio da Amazônia em sua sétima edição. O grande número de inscrições apresentadas (268) comprova o grande sucesso do evento, registrando um bom número de atiradores participantes (42) que vieram de São Luís, Balsas, Açailândia, Paraibano, Tocantins e Belém, enfrentando as dificuldades das estradas da região.

Voltando um pouco ao passado, este torneio nasceu em 1990 e teve quatro edições contínuas, sob a inspiração de dois grandes desportistas Rubinete Nazaré e Francisco Farias (conhecido como “Chicão” ou como os mais antigos preferem “Sarney”, pela singular aparência). Superando todas as adversidades, demonstrando muita coragem e sem contar com o apoio da Confederação e dos órgãos desportivos estaduais criaram um evento que veio para ficar na extensa Região Amazônica. A competição sofreu várias interrupções durante esses anos, retornando finalmente em 2007.

Sem dúvidas o VII Torneio foi um fato marcante da Região Norte, ainda mais contando com presença e desses dois baluartes do Tiro Esportivo, tanto na organização como na participação de várias provas, incentivando e dando exemplos aos mais novos.

 Rubinete já é um nome consagrado no Tiro de Belém pelo seu trabalho na implantação do esporte em terras paraenses, inclusive com a construção na época do estande de tiro do Círculo Militar de Belém. Ficamos tristes e surpresos que a terra onde nasceu o campeão Guilherme Paraense, um dos ícones do Tiro Esportivo do Brasil, não possui mais estandes à altura.

Merecem também destaques as presenças de atiradores que vieram de tão longe trilhando estradas mal conservadas para chegar ao estande do Clube de Caça e Pesca de Imperatriz (CCPETI), fundado pelo “Sarney”, para disputar quase todas as modalidades com os quatro estandes funcionando simultaneamente. Convém ressaltar que o Presidente da FMTE Wissam Maalouf, juntamente com Sarney e Anderson, foram os grandes responsáveis pela excelente organização e eficiente execução, não faltando nada, com os quatro árbitros formados pela Federação Maranhense, (Olavo Reis, Edmilson Furtado, Irineu Lima e Alexandre Saads) trabalhando com desenvoltura e tranqüilidade nas 4 linhas,  além do Clauber Muniz encarregado da Juria de Classificação. 

O torneio ofereceu um grande número de provas em sua programação, faltando apenas as provas de pistola livre - 50 metros e carabinas deitado e 3x40 e as de ar comprimido olímpicas para ser completo. O Maranhão foi o grande vencedor do Torneio, sendo campeão pela terceira vez consecutiva. O Pará foi o vice-campeão e o Tocantins ficou em terceiro lugar.

Cinco recordes maranhenses foram batidos com Francisco Farias no trap e Márcia Rosseto no duelo 20”. O atirador paraense Alexandre Dantas também igualou seus recordes brasileiros em carabina de ar mira aberta e carabina mira aberta 50 metros, calibre maior, comprovando a qualidade do estande.

Na Cerimônia de Abertura do Torneio, foram hasteadas no estande as bandeiras do Brasil, das Federações e dos Clubes. Após as palavras de Wissam, Rubinete e do Farias foi aberto o VII Torneio da Amazonias.

A Cerimônia de Premiação ocorreu na noite de sábado, promovida em restaurante da cidade e apesar dos problemas apresentados foi realizada a premiação e em seguida o jantar (por adesão), com muita animação e confraternização de todos os presentes, fato somente visto nas tradicionais provas presenciais da Federação Maranhense, previstas e preconizadas pela regulamentação da ISSF.


por Eduardo Ferreira
Recordista e campeão brasileiro de armas longas da CBTE e das Forças Armadas. Ex vice-presidente da CBTE e da federação do DF, ex presidente das federações do RJ e CE, e diretor das federações da PB e RS. Autor de "Arma Longa" e "História do Tiro"
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